terça-feira, 17 de novembro de 2009

RESENHA

EPISTEMOLOGIA DA LINGUÍSTICA
2º semestre de 2009

Integrantes:
Clarissa Neves Conti
Felipe Marques de Menezes
Marco Antonio Almeida Ruiz
Mônica Menezes Santos
Natália Monteiro da Silveira

RESENHA
NEGRÃO, Esmeralda Vailati; SHER, Ana Paula; VIOTTI, Evani de Carvalho. “Sintaxe: explorando a estrutura da sentença”. in FIORIN, José Luiz. (Org.). Introdução à linguística II: princípios de análises. 2ª ed. São Paulo: Ed. Contexto, 2003.

Esta obra tem a finalidade de analisar os percursos que cada sujeito realiza quando produzem os seus enunciados, ou seja, com base no conhecimento inato que cada um tem sobre sua língua, podendo, assim reconhecer as categorias gramaticais que utiliza na produção das sentenças.
No texto as autoras formulam alguns pressupostos de como a teoria gerativista atua no campo da língua, em específico, da sintaxe. A principal tese da teoria é a de que existe no falante de língua natural um saber inato sobre a estrutura de sua língua, o que faz com que, dentre outras coisas o falante reconheça uma sentença agramatical. Eis alguns pressupostos:
1- O falante de qualquer língua natural tem conhecimento inato sobre como os itens lexicais de sua língua se organizam;
2- A competência linguística permite ter intuições a respeito de agrupamentos lexicais;
3- A competência nos ajuda a perceber que a sentença não é o simples resultado de ordenação linear, mas sim de forma hierárquica.
4- Os falantes de uma língua sabem que um certo item lexical pertence a uma determinada categoria gramatical;
As autoras analisam como os falantes de línguas naturais possuem uma noção de categoria gramatical, mostrando como nossa competência e a nossa performance contribuem para que cada sujeito falante entenda e reproduza sua língua. A competência lingüística, segundo a teoria gerativista, é a capacidade inata que os falantes de uma língua têm. Assim, mesmo que implicitamente, os falantes sabem que os itens lexicais fazem parte ou se distribuem em categorias gramaticais. Nesse sentido, há palavras que possuem as mesmas propriedades gramaticais, pois têm o mesmo comportamento. São apresentadas várias manobras de estruturação de sentenças para explicar como a competência lingüística funciona e é de caráter biológico, cabendo ao falante a atualização e/ou desempenho desse saber. No texto é apresentado como os nomes, os verbos, os advérbios, os adjetivos são categorizados a partir da noção gerativista, bem como a estrutura de constituintes e o processo de construção dos agrupamentos dos itens lexicais (propriedades caracterizadoras das categorias).
O texto procura mostrar como os seres humanos utilizam sua competência linguística e sua performance nos diversos enunciados produzidos no cotidiano. Assim, a princípio concordamos com as afirmações desenvolvidas pelas autoras, em dizer que temos uma gramática internalizada, com isso, após uma longa discussão do grupo, analisamos esse conceito com base em uma pesquisa e verificamos exatamente que essa afirmação da competência e da performance acontece de fato. Portanto, podemos dizer que a faculdade de linguagem é uma capacidade inata e não biológica, mas é com base nas relações exteriores que aprendemos a desenvolver essa gramática interna de cada um.