terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ciência e Senso Comum

Rubem Alves no seu livro “Filosofia da Ciência – introdução ao jogo e suas regras” faz durante todo o percurso filosófico ao qual se propõe para comentar a ciência uma abordagem da ciência tal como a conhecemos (com seus pré-conceitos e estigmas) e o senso comum (também com seus pré-conceitos e estigmas). Na verdade ALVES vai concordar com G. Myrdal que diz que “a ciência nada mais é do que o censo comum refinado e disciplinado”. Senso comum e ciência não são elementos opositivos, ou seja, um lá e outro cá. Ciência e senso comum são formas de conhecimento. E isso basta a princípio. Ocorre que o cientista vai especializar-se em um assunto, numa técnica. O cientista vai a fundo no recorte de seu objeto de conhecimento. Mas antes disso ele tem que ser capaz de inferir, de ter uma noção, um senso sobre o que fazer em determinadas circunstâncias. Rubem Aves utiliza-se de uma maneira bem dialógica para a escritura de seu livro. Traça inúmeros exemplos e nos dá tarefas. Quer no fundo tirar esse preconceito de que o senso comum está ligado a um saber inferior, dos incultos e dos menos escolarizados.

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