terça-feira, 27 de outubro de 2009

Linguística

Fato corriqueiro: sempre me perguntam o que é que eu estudo. Eu sempre digo que estudo linguística. Hummm. A pergunta inevitável é “o que é a lingüística? O que você estuda com isso?”. Minha mente rapidamente processa alguma reposta (que nem sempre convence, admito!). A resposta depende sempre de quem pergunta. Geralmente faço uma outra pergunta na sequência. “Você se lembra, na escola, quando você estudava português?” A pessoa sempre lembra do trauma ou do prazer. Continuo, então, dizendo que aquela matéria na escola se dividia basicamente em literatura e linguística. E que eu, portanto, estudo a linguística. A pessoa solta um “Ahhhhh” de contentamento por entender, e em seguida diz “Que legal (ou credooo) você estuda gramática”. Súbito penso comigo “Fudeuuuuuu”. Por que será que é tão difícil explicar o que é a linguística sem corrermos o risco de dizer não-dizendo, reproduzir aquelas respostas complexas ou quando pior a já sambada reposta “linguística é a ciência que estuda a língua(gem) humana”. Todas essas respostas nem sempre convence logo de cara. Um “ahh ta” é sempre ponto final da questão. E fica por isso mesmo.
Por que tantas dificuldades de explicarmos o que é e o que faz a nossa ciência? Nada mais oportuno, então, que chamar nossa amiga, a filosofia, para me ajudar nessa tarefa. Através de um ensaio filosófico é que o Professor José Borges Neto, da UFPR, nos ajuda a responder a questão.
De que trata a linguística, afinal?

Nenhum comentário:

Postar um comentário